Por: João Paulo Munhoz/ Marcelo Uliana/ Michel Fachetti
O Linense soube usar o que o XV tem de pior: a fragilidade entre as linhas de defesa e meio-campo. Assim,
criou chance em cima de chance. Só não saiu com uma goleada no primeiro
tempo porque os atacantes erraram a pontaria e até desperdiçaram uma cobrança de pênalti. O panorama mudou relativamente na segunda
etapa, com o Nhô Quim muito mais participativo no campo de ataque. Era
tarde para mudar a partida.
No fim, as equipes que iniciaram a
rodada com pontuação igual saem completamente diferentes do Estádio
Gilberto Siqueira Lopes. O Linense pulou para seis pontos, saiu da
lanterna do Grupo 3 e ganhou confiança para encarar o Corinthians,
quarta-feira, em casa, em jogo atrasado da segunda rodada. Agora, em vez
de não vencer há quatro partidas, o Elefante vai a campo com apenas uma
derrota no ano, com quatro empates no período.
A situação do XV
volta ao status preocupante de antes da vitória sobre o RB Brasil, na
quarta-feira. Mais uma vez, o time mostrou problemas e teve um falso
domínio da partida. Em seis rodadas, são cinco derrotas, que deixam o
Nhô Quim relegado à posição de coadjuvante no Grupo 4 e pressionam mais o
trabalho de Roque Júnior. Com ou sem o ex-zagueiro no banco (rumores
ganham força novamente), a equipe joga no próximo domingo contra o
Botafogo, às 18h30, em Piracicaba.
O Linense foi amplamente superior
no primeiro tempo. Teve tudo que faltou ao XV: velocidade, infiltração,
criatividade e gol. Deu trabalho do primeiro, quando Serginho e Diego
quase marcaram, ao último minuto, em que Memo desperdiçou chance cara a
cara. Entre esses lances, balançou as redes com Diego, após corte
desconcertante em Rodrigo e finalização precisa na saída de Ramon
Azevedo, e perdeu pênalti com Clébson. Não faltaram indícios das
diferenças entre os times. O Nhô Quim, com dificuldades para se livrar
da marcação, fez apenas o que se acostumou desde que Roque Júnior
assumiu: trocou passes com paciência de sobra e arriscou de menos.
A
partida seguiria assim, mas, logo no primeiro giro do relógio, ganhou
contornos diferentes. Chico recuou mal a bola e facilitou o trabalho de
Diego, que ainda contou com uma ajudinha de Diogo Silva para ampliar o
marcador. Garantido, o Linense evitou correr riscos e se fechou. Ao
estilo Corinthians contra o São Paulo, deu a bola para o XV e exigiu que
o rival o amedrontasse. Roque Júnior trocou titulares por reservas de
característica parecida e conseguiu um gol, com Tiago, após passe de
Fernandes dentro da área. A pressão, porém, nunca aconteceu. O Nhô Quim
teve a bola quase que o tempo inteiro, mas exerceu domínio lateral, sem
profundidade. Ainda deu tempo de Éder Sciola, por pisão nas costas de
Serginho, ser expulso e deixar a equipe de Piracicaba com um a menos.
Como se já não bastassem notícias ruins.
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