domingo, 22 de fevereiro de 2015

Brilho de artilheiro dá primeira vitória ao Linense e impõe 5ª derrota ao XV

Por: João Paulo Munhoz/ Marcelo Uliana/ Michel Fachetti


O Linense soube usar o que o XV tem de pior: a fragilidade entre as linhas de defesa e meio-campo. Assim, criou chance em cima de chance. Só não saiu com uma goleada no primeiro tempo porque os atacantes erraram a pontaria e até desperdiçaram uma cobrança de pênalti. O panorama mudou relativamente na segunda etapa, com o Nhô Quim muito mais participativo no campo de ataque. Era tarde para mudar a partida.

No fim, as equipes que iniciaram a rodada com pontuação igual saem completamente diferentes do Estádio Gilberto Siqueira Lopes. O Linense pulou para seis pontos, saiu da lanterna do Grupo 3 e ganhou confiança para encarar o Corinthians, quarta-feira, em casa, em jogo atrasado da segunda rodada. Agora, em vez de não vencer há quatro partidas, o Elefante vai a campo com apenas uma derrota no ano, com quatro empates no período.


A situação do XV volta ao status preocupante de antes da vitória sobre o RB Brasil, na quarta-feira. Mais uma vez, o time mostrou problemas e teve um falso domínio da partida. Em seis rodadas, são cinco derrotas, que deixam o Nhô Quim relegado à posição de coadjuvante no Grupo 4 e pressionam mais o trabalho de Roque Júnior. Com ou sem o ex-zagueiro no banco (rumores ganham força novamente), a equipe joga no próximo domingo contra o Botafogo, às 18h30, em Piracicaba.

O Linense foi amplamente superior no primeiro tempo. Teve tudo que faltou ao XV: velocidade, infiltração, criatividade e gol. Deu trabalho do primeiro, quando Serginho e Diego quase marcaram, ao último minuto, em que Memo desperdiçou chance cara a cara. Entre esses lances, balançou as redes com Diego, após corte desconcertante em Rodrigo e finalização precisa na saída de Ramon Azevedo, e perdeu pênalti com Clébson. Não faltaram indícios das diferenças entre os times. O Nhô Quim, com dificuldades para se livrar da marcação, fez apenas o que se acostumou desde que Roque Júnior assumiu: trocou passes com paciência de sobra e arriscou de menos.


A partida seguiria assim, mas, logo no primeiro giro do relógio, ganhou contornos diferentes. Chico recuou mal a bola e facilitou o trabalho de Diego, que ainda contou com uma ajudinha de Diogo Silva para ampliar o marcador. Garantido, o Linense evitou correr riscos e se fechou. Ao estilo Corinthians contra o São Paulo, deu a bola para o XV e exigiu que o rival o amedrontasse. Roque Júnior trocou titulares por reservas de característica parecida e conseguiu um gol, com Tiago, após passe de Fernandes dentro da área. A pressão, porém, nunca aconteceu. O Nhô Quim teve a bola quase que o tempo inteiro, mas exerceu domínio lateral, sem profundidade. Ainda deu tempo de Éder Sciola, por pisão nas costas de Serginho, ser expulso e deixar a equipe de Piracicaba com um a menos. Como se já não bastassem notícias ruins.

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